por Casa das Etnias. 22/10/2019
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Plurilinguismo
O encontro desta terça-feira à noite, em Caxias, tratou da perpetuação de línguas como talian, hunsrik, polonês, indígena e afro. Evento foi realizado pelo Colegiado Setorial da Diversidade Linguística do Rio Grande do Sul, na Casa das Etnias, e serve de clamor para a permanência da cultura imaterial.
Neste dia 22/10/2019, ocorreu um daqueles encontros tão importantes que pode gerar resultados para as gerações futuras. Mas como mensurar a sua relevância? Essa é a luta do Colegiado Setorial da Diversidade Linguística do Rio Grande do Sul, órgão vinculado à Secretaria da Cultura do Estado (Sedac). Em pauta, Plurilinguismo: valores e perspectivas.
Décadas atrás não se falava sobre o assunto, porque os moradores da Serra Gaúcha aprendiam a falar os dialetos italianos, alemães ou poloneses, por exemplo, em casa. Da mesma forma que nas comunidades negras e indígenas, é a partir do lar que essas línguas são levadas às gerações futuras.
Mas se hoje a discussão transcende grupos de pesquisadores, já repercute em sala de aula, gera demandas dentro das universidades.
Existe hoje um movimento e interesse na cultura imaterial. Mas se a gente não fizer um estímulo às identidades locais, tratando a língua como uma identidade local, seja afro, talian, ou indígena, essa cultura vai acabar.
É preciso ter um governo com vontade política e investimento por parte das universidades na formação de professores com uma nova visão ao tratamento das línguas. Esse é o nosso desafio, e de todas as comunidades que desejam preservar sua cultura
Debates mediados pelo pesquisador e ex-secretário da cultura do estado do RS - João Tonus.
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